Os olhos meios fechados,
Resistem, resistem para se abrir
Olhando para além do tédio e do medo
A janela onde o sol bate e cega
Entre a vontade de mergulhar nas trevas
Amorroadas cheirando a solidão
E enfrentar o sol, mesmo que os olhos declinem
Balançando numa indolente perplexidade
Adiando, como se a morte pudesse vir a ser o desfecho!
Estátuas de arestas rombudas
Semblantes solidificados no ódio
Olhos esburacados em profundeza
Bocas cerradas num esgar de censura
Corpos eletrizados em ferro em brasa
Completamente estáticos e firmes
Monstrengos
Para destruir o vento
Para beber a chuva