Passo a vida em devaneio,
Sempre muito silencioso.
Tenho o crânio sempre cheio
De pensamento rancoroso.
Confiar, já não sou capaz,
Cíume e dúvida nunca param
De atormentar este rapaz.
Pois já muito magoaram.
Não suporto ser invadido,
Sentir sempre este zumbido,
Que afugenta a esperança.
Quero sempre acreditar,
Não ter nada pra duvidar.
Mas como ter confiança?