Tenho o infinito colado no pensamento.
Ao meio uma ponte.
Um dia eu ia para lá,
e a minha vida vinha para cá.
E tu apareceste. Vinhas donde?
Junta uma sílaba perdida na minha palavra.
Vem pela calada.
Fecha a porta do quarto sem ruído.
Sopra levemente no meu rosto,
descola-me o infinito,
e deita-te ao meu lado.
Desfia-me o pensamento até ao fim,
enquanto te amo pela noite dentro.
Até que o sono nos cale.