Já não ouso sonhar sua face
dentre todas que inventei
-o mistério se desfez-
entre as sombras do teu disfarce...
Dormito para que de mim se afaste
os espectros sensíveis que aprisionei
em aneladas correntes -que criei-
e quebro as para que não me arraste
Quase ouço o vazio que perdura
no timbre inquieto e mordaz
em que amanhecem os mortais
e refugio me na penumbra
E em mim adentra desvairada
a ilusão de que não existo
fora daquilo que acredito