Talvez seja a hora de deixar de existir !
repor os ganchos de um sonho listrado
em um beijo ao fundo dos olhos
Eu não aguentaria a um outro belo ressonar antigo
um outro crânio de mármore
estendido ao lado da fina janela infantil
perdeu-se pelo caminho das lampadas
reciclado de um velho desejo
indisposto o bastante pra se tornar legível
sobre a mente inaugurada
estamos suspensos
em sua boca espelhada
antes que sua outra face
reaja ao silêncio
com uma desculpa doente
fraca demais para negar
ser assim então não é uma escolha
estar sobre o frio de uma rua empalhada
um mundo de enfeite em sua estante
a garota da embalagem de cereal
pinta suas unhas de papelão