ele me veio com seu velho chocalho tecido
dançando ansioso a minha volta
riscando a poeira com seu velho sorriso hepático
anunciando o dispensar da bagagem
então a vi amaciar-me os olhos
com sua sua foice alcalina
aqueles que esperam o suave nocaute
estão sólidos demais pra sorrir
alguém entende como a vida é leve?
macia e fraca?
ao nortarmos sua áspera fragilidade
caímos em sua teia de pelos
saímos ilesos da diária orígia metálica
e respiramos as sombras dos outros
não há razão pra ficar !
eu não desisti !
apenas peguei sua mão inflamada
e suguei suas feridas com os pés
a volta pra casa
dessa vez não haverá suspeitos
não cuspirei ao deleite
da minha escultura
não veja meu rosto lacrado
prefiro a raiva dos tolos ao perdão dos sábios